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Quarta-Feira, 05 de Fevereiro de 2025

Ranking de lugares com risco de contágio não tem embasamento científico



Ranking de lugares com risco de contágio não tem embasamento científico

 

 

Contágio depende da quantidade de pessoas, proximidade entre elas e tempo de permanência, afirmam especialistas

 

 

Gráficos que mostram supostos locais com maior risco de contágio pelo coronavírus, que circulam em diferentes redes sociais, não têm embasamento científico, afirmam especialistas ouvidos pela Folha.

 

A imagem, que circula em diferentes versões desde o começo desta semana, elenca lugares públicos e privados com maior e menor risco de exposição ao vírus.

 

"Ranquear os lugares não faz sentido porque o contágio depende de quantas pessoas estão circulando lá, o quão próximas elas estão e quanto tempo se passa dentro do ambiente", explica Marcio Sommer Bittencourt, médico do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP). "Por isso a ideia do isolamento físico, usar máscara e ficar a dois metros de distância."

 

 

Uma das versões do gráfico de lugares com maior risco de contágio que circula nas redes sociais - Reprodução

No ranking, a casa é apontada como o lugar com menor risco de contágio, mas Sommer exemplifica como as circustâncias podem alterar essa ideia.

 

No ranking, a casa é apontada como o lugar com menor risco de contágio, mas Sommer exemplifica como as circustâncias podem alterar essa ideia.

 

Se em um lar mora alguém infectado, é possível que a chance de infecção dos outros familiares, dada a proximidade física do ambiente, seja maior do que em um ambiente público em que a distância é respeitada.

A microbiologista Natalia Pasternak, presidente do instituto Questão de Ciência e pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, concorda que não há informações científicas para esse tipo de ranking e que os riscos são altamental variáveis.

"O importante é tomar todos os cuidados necessários, partindo do pressuposto que em qualquer local com aglomeração há chance de contágio", afirma.

Algumas das versões que circulam do ranking atribuem a fonte de informação ao Ministério da Saúde, que afirma não ter produzido o material.

 

A Sociedade Brasileira de Diabetes chegou a publicar, em seu site, uma versão do gráfico com os brasões do Sistema Único de Saúde (SUS) e da prefeitura de Vitória, Espírito Santo. Ele foi retirado do ar depois que a SBD confirmou à reportagem que não havia fonte para embasar a o gráfico.

 

A Prefeitura de Vitória disse que não foi fonte da informação.

Versões do ranking também foram publicadas nas redes sociais dos deputados federais e médicos Jandira Feghali e Juscelino Filho —a publicação no Facebook de Feghali teve 12 mil compartilhamentos.

 

Fonte: Folha de São Paulo




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