O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Goiás deflagrou na madrugada desta quinta-feira (21/2) a operação Fatura Final, com apoio do Centro de Inteligência do MPGO e Polícia Militar. A investigação apura a existência de organização criminosa que, mediante falsificação ou uso de documentos adulterados, agiu para apropriar-se de verbas do Instituto de Assistência a Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (IMAS).
Ao todo estão sendo cumpridos seis mandados de prisão temporária e nove mandados de busca e apreensão, todos em Goiânia. Além do atual presidente do IMAS, Sebastião Peixoto Moura, também foi decretada a prisão de outros cinco médicos que participaram do esquema. Neste momento, a sede do IMAS, além de clínicas médicas vinculadas aos investigados, são alvo de busca e apreensão. Sebastião Peixoto é pai do deputado estadual e líder do governo Caiado na Assembleia Legislativa de Goiás, Bruno Peixoto (MDB) e do vereador por Goiânia, Wellington Peixoto (MDB). Tião Peixoto é também há muitos anos um dos homens de maior confiança do prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB).
Os promotores apuraram uso indevido de registros de conveniados do IMAS em dezenas de procedimentos médicos fraudulentos, voltado para beneficiar a clínica conveniada e que era vinculada ao então Diretor de Saúde do próprio instituto, nomeado pelo atual presidente e que atuava autorizando os procedimentos fraudulentos.
Além disso, apura-se a existência de outras fraudes no instituto, notadamente, o vultoso aumento de faturamento e benefícios para pagamento de hospitais e prestadores de serviço do IMAS.