Considerado o Ouro do Cerrado, o fruto é fonte de renda para várias famílias no norte do Estado
A partir deste mês até janeiro do ano que vem os pequizeiros vão produzir sem parar e prometem movimentar a economia das regiões produtoras, não apenas com a venda do fruto, mas também da polpa e outros subprodutos. A colheita do pequi garante ocupação e renda para o milhares de trabalhadores rurais da região Norte do Estado.
Não existe um número fechado do incremento econômico na região Norte do Estado. Mas na composição de rendam anual das propriedades, já que a tarefa é feita dentro do modelo de produção familiar, o lucro pode variar de 2 a 80%. Em oito horas de trabalho diário, um agricultor pode colher de 5 a 12 caixas do fruto.
O comércio tem início entre os meses de setembro e novembro, quando o pequi comercializado com casca varia de R$ 8,00 a R$ 10,00 a caixa (tipo K). Já o fruto descascado, acondicionado em galões plásticos de 50 litros, normalmente utilizado no transporte de leite, os valores de venda variam de R$ 100,00 a R$ 35,00, respectivamente, começo e final de safra.
“Sem muito esforço, junto várias caixas dentro de quatro dias, pois é só procurar o fruto debaixo do pé de pequizeiro que vai estar lá. Isso rende dinheiro e não dá trabalho, já que é uma dádiva da natureza ofertada ao povo goiano”, declarou um agricultor familiar.
Entre os vários tipos de compradores, o mais conhecido é comerciante local. Este, recebe o fruto em casca ou sem, na sede do município, e comercializa para caminhoneiros, feirantes, donos de depósitos em Goiânia e outros comerciantes ou consumidores finais. O pequi na região norte é o primeiro do estado a chegar às grandes cidades consumidoras. Por conta disso, o preço pago acaba sendo o mais alto.
A venda do pequi gera renda e emprego no município, em escala suficiente para dinamizar a economia local. Embora possa ser considerada atividade de importância socioeconômica para os municípios produtores, não existepolíticas relacionadas tanto do governo estadual como do municipal.