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Quarta-Feira, 22 de Janeiro de 2025

Etarismo: O Preconceito Invisível



Etarismo: O Preconceito Invisível

 

 

O etarismo refere-se à discriminação ou preconceito contra indivíduos com base na idade. Assim como o racismo e o sexismo, ele cria estereótipos, discrimina e marginaliza pessoas em função de sua faixa etária. Embora o foco muitas vezes recaia sobre os idosos, o etarismo pode afetar qualquer pessoa e vai além da questão da velhice , referindo-se ao tratamento injusto de indivíduos com base em sua idade, seja pela suposição de que uma pessoa jovem é imatura ou incapaz, ou que um idoso é ultrapassado e não se adapta às mudanças da sociedade moderna.

 

No ambiente de trabalho, o etarismo aparece em sua forma mais primária quando pessoas mais velhas têm dificuldade em encontrar emprego ou são pressionadas a se aposentar cedo, com o argumento de que "não estão mais atualizadas". Da mesma forma, jovens podem ser desqualificados pela falta de "experiência", mesmo que possuam as habilidades necessárias.

 

Vários fatores alimentam a cultura do etarismo. Entre eles, está a glorificação da juventude. A sociedade atual, particularmente na cultura ocidental, valoriza excessivamente a juventude, o que leva à percepção de que envelhecer é algo a ser evitado a todo custo. Além disso, o medo da morte e o desconhecimento sobre o envelhecimento alimentam o preconceito contra os mais velhos, pois o processo de envelhecer é visto como uma ameaça à vitalidade e ao sucesso.

 

O ritmo acelerado da inovação tecnológica é outro fator relevante, que faz com que pessoas mais velhas sejam muitas vezes vistas como incapazes de acompanhar mudanças, resultando em exclusão digital e dificuldades para se manterem no mercado de trabalho.

 

Em termos econômicos, a exclusão dos idosos do mercado de trabalho priva a sociedade de uma força de trabalho experiente e qualificada. Nos jovens, o etarismo pode gerar ansiedade, baixa autoconfiança e sensação de inadequação, ao serem frequentemente descartados em discussões importantes ou decisões no ambiente profissional.

 

É crucial que se promova a valorização da diversidade etária. Isso começa com a educação, tanto em casa quanto nas escolas e no ambiente de trabalho. O respeito e o reconhecimento das contribuições de todas as faixas etárias devem ser incentivados.

 

Especialmente no mercado de trabalho, políticas de inclusão e diversidade que favoreçam tanto a contratação de jovens quanto a permanência de trabalhadores mais velhos são essenciais. É necessário mudar a mentalidade de que a idade pode definir a capacidade de uma pessoa, e sim focar em habilidades, experiências e potencial de cada indivíduo. Além disso, campanhas de conscientização que promovam uma imagem positiva do envelhecimento são vitais para reverter os estereótipos enraizados na sociedade. Isso pode incluir maior representação de idosos na mídia em papéis diversificados e a promoção de uma compreensão mais profunda dos desafios e benefícios do envelhecimento.

 

Para criar uma sociedade mais justa e inclusiva, é fundamental que reconheçamos e combatamos os preconceitos relacionados à idade. Ao desafiar os estereótipos etários e promover a inclusão em todas as esferas da vida, podemos garantir que pessoas de todas as idades sejam tratadas com dignidade e respeito.

 

Cassio Q. Vaz de Mello

Consultor Empresarial 

Atua como Vice-presidente de Estudos da ABRH-DF.




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