DERROTA - Em uma decisão histórica no dia 19 de setembro de 2023, a Câmara Municipal de Crixás, em Goiás, reprovou por unanimidade a autorização para um empréstimo de R$ 25 milhões solicitado pela Prefeitura ao Banco Caixa, através do Finisa. Cinco vereadores se opuseram à concessão desse empréstimo, que, ao longo de 20 anos, com juros e taxas, custaria mais de R$ 100 milhões aos contribuintes locais. O vereador Patryck se absteve de votar, e a sessão foi presidida pelo vereador Camarguinho.
A rejeição desse empréstimo levantou dúvidas sobre a gestão do prefeito Carlos Seixo e seu vice-prefeito Tiago Dietz, que receberam mais de R$ 200 milhões em recursos entre 2021 e 2023, além de R$ 19 milhões em royalties da mineração. Até o momento, não houve uma prestação de contas transparente que explique como esses montantes significativos de dinheiro público foram utilizados.
Os votos contrários dos vereadores foram motivados pela análise crítica do projeto de lei enviado pelo Executivo, considerado fraco em sua fundamentação, e pela falta de transparência em relação aos gastos. A população compareceu em grande número à sessão da Câmara para testemunhar a decisão contrária à contratação do empréstimo, que teria impactos financeiros significativos nas futuras gerações e compromissos de pagamento ao longo de seis gestões municipais.
Vale destacar que a ausência na sessão extraordinária do presidente da Câmara, Maurinho, e dos vereadores Carlos Eduardo, Romário e Cláudio Borges, todos da base do prefeito, levantou questionamentos, uma vez que eles têm vínculos com a gestão municipal por meio de cargos ocupados por parentes e aliados políticos. A votação do projeto foi realizada por três vezes, em conformidade com o regimento da casa de leis, demonstrando a importância e seriedade da decisão para a comunidade de Crixás.